quinta-feira, fevereiro 16

 

Adopção de Crianças por Homossexuais - uma barbárie que o Governo Português pretende levar à discussão!

Li no jornal, um artigo intitulado “Adopção de crianças por homossexuais – uma barbárie que o governo português pretende levar à discussão”, de um senhor que se julga bastante culto e actualizado sobre o assunto em causa, que passo a citá-lo:

"O governo propõe-se criar, até final do ano, um fórum denominado “Conselho de Opinião”, que irá reflectir sobre a adopção de crianças por homossexuais. Será a análise deste tema legítimo, quando se equaciona o estilo de vida dos homossexuais, que obviamente constitui um sector diferente na sociedade, com uma subcultura própria?
Em Portugal, a comunidade homossexual reivindica a possibilidade de adopção de crianças, à semelhança do que já ocorre em vários países europeus (Suécia, Dinamarca, Reino Unido, Holanda e Espanha).
Neste particular, subsiste a construção do direito à orientação sexual, enquanto direito fundamental, essencial ao prolongamento da personalidade. Argumenta-se ainda que a adopção de crianças pobres por homossexuais se contrapõe a uma luta cruel das mesmas pela sobrevivência. Invoca-se assim o princípio económico, em que a criança recolhe benefícios materiais.
Os bens materiais não são factores únicos, ou quiçá determinantes, que propiciam o progresso cognitivo das crianças. Nas sociedades humanas, em prol das civilizações, a questão ética prevalece sempre sobre o factor económico. Compete ao Estado Português garantir um suporte moral e físico para acomodar crianças carentes, validando a moralidade, e evitando a destruição dos fundamentos sociais. Em consonância, do ponto de vista moral e médico, a adopção de crianças por homossexuais traduz um risco inaceitável.
A homossexualidade está ligada a actos deletérios da saúde pública. Algumas estatísticas indicam que: um em cada sete homens que mantiveram relações sexuais com outros homens está infectado pelo HIV; os homossexuais, comparativamente aos heterossexuais, também possuem taxas de Sífilis cerca de 100 vezes mais elevadas. O comportamento sexual desviante dos homossexuais conduz ainda à proliferação de outros estados patológicos, nomeadamente, câncer anal, chlamydia, trachomatis, cryptosporidium, giardia lamblia, herpes, vírus papiloma humano – HGV ou ferida genital – isospora belli, microsporidia, gonorreia, hepatite viral tipos B e C.
Quando as crianças convivem num ambiente em que o homossexualismo é parte de seu quotidiano, com a sua peculiar inocência, será que não tenderão a copiar os exemplos que visualizam, inclusive os que concernem à moralidade sexual! E a intrusão de aspectos de pedofilia não será um risco acrescido! Assim, permitir a adopção de crianças por homossexuais não equivalerá a uma condenação a prazo da criança a graves problemas de saúde pública? Neste particular convirá recordar, às mentes mais cépticas, que embora apenas que 6% dos machos e 3% das fêmeas na população geral reivindicam ser bissexuais, 75% das crianças adultas macho e 67% das crianças adultas fêmea, criadas por pais homossexuais, reivindicam uma orientação bissexual ou homossexual.
O respeito pela dignidade da pessoa humana não pode questionar-se, porém o mesmo não se aplica à respectiva actuação social. Será que a homossexualidade não traduz apenas uma batalha de um mundo cada vez mais artificial, em revolta contra a natureza? Neste contexto, como pode então o governo de Portugal justificar a criação de um “Concelho de Opinião”, para abordar este tema? Será que não existem assuntos mais prementes para resolver na sociedade portuguesa? Especificamente a quem interessa este particular?"

Comentário:
Ao ler o artigo, senti de uma forma evidente uma grande demagogia e homofobismo na abordagem da complexidade deste tema num meio de comunicação social acessível a toda a gente, que não resisto em tecer alguns comentários de um ponto de vista pessoal e técnico, em relação a algumas dúvidas que persistem no sistema de crenças sociais e morais convencionado pelas gerações anteriores, sobre o assunto em causa.

Esse artigo pretendia justificar a não adopção de crianças por parte de pessoas homossexuais, argumentando que os homossexuais têm “comportamentos sexuais desviantes”, que são os maiores responsáveis pela proliferação das doenças sexualmente transmissiveis, e que a maior parte dos homossexuais que tiveram relações sexuais com outros homens estão infectados com VIH!

Este tipo de argumento, revela que se está a confundir "grupos de risco" com "comportamentos de risco".
Sabe-se actualmente através de estudos científicos que a maior taxa de incidência do VIH encontra-se nas pessoas que têm comportamentos sexuais heterossexuais e não nos homossexuais e toxicodependentes!

Em termos de transmissão de doenças, é mais correcto falarmos em comportamentos de risco e não em grupos de risco, porque qualquer pessoa independentemente da orientação sexual que tenha, não está livre de poder contrair uma infecção sexualmente transmissivel, portanto a prevenção é para todos (Prevenção Universal)!

Face ao exposto, não encontro aqui qualquer argumento válido que justifique a não adopção de crianças por parte das pessoas homossexuais.

De seguida o artigo referia que, “quando as crianças convivem num ambiente em que o homossexualismo é parte de seu quotidiano, com a sua peculiar inocência, será que não tenderão a copiar os exemplos que visualizam, inclusive os que concernem à moralidade sexual!”
Se assim fosse, então não existiam pessoas homossexuais, devido ao facto de a maior parte das pessoas homossexuais terem tido na sua infância referências de modelos educacionais que reforçam a orientação heterossexual, como base do seu desenvolvimento pessoal e social.

Mais uma vez, o argumento da existência de casais homossexuais na educação da criança como modelos de referência, não constitui até agora, no ponto de vista da comunidade científica, um factor exclusivo e determinante no desvio ao desenvolvimento cognitivo, afectivo, moral e psicossexual harmonioso da criança!
Mas antes, uma maior compreensão e respeito pela diferença, reduzindo assim a tipificação de género baseados em esterótipos sexuais e preconceitos geracionais, favorecendo a igualdade de género das crianças na representação dos seus papeis sociais, independemente de serem do sexo feminino ou masculino.

Cada vez mais se chega à conclusão que, a orientação homossexual não é uma opção ou um desvio à natureza, porque se fosse uma opção, de certeza que muitos dos homossexuais preferiam ter uma orientação heterossexual para se sentirem mais aceites e integrados socialmente.
Só se poderá chamar opção ou preferência, quando a pessoa sente que tem uma orientação homossexual, e prefere agir como tendo uma orientação heterossexual para não se sentir excluída e discriminada pela sociedade.

Por último, quando o artigo questiona “como pode então o governo de Portugal justificar a criação de um “Concelho de Opinião”, para abordar este tema? Será que não existem assuntos mais prementes para resolver na sociedade portuguesa? Especificamente a quem interessa este particular?”

Como resposta a estas questões, provavelmente mais importante que legalizar a adopção de crianças por homossexuais, é a criação de um “Conselho de Opinião” que resolva um dos assuntos mais prementes na sociedade portuguesa, que se chama DISCRIMINAÇÃO DE PESSOAS, COM BASE NA SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL, desvalorizando a sua capacidade de dar e receber AMOR, e o seu contributo na construção de uma sociedade mais solidária, igualitária e cumpridora da Carta Universal dos Direitos Humanos, na qual estão incluídos os direitos das crianças, que são especificamente a quem lhes interessa este particular!

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