quinta-feira, março 30
Entrelinhas da doação de sangue por homens com orientação homossexual!
No passado dia 25 de Março de 2006, o Jornal "Diário de Noticias" divulgou a notícia Homossexuais masculinos já podem dar sangue em Portugal
Segundo o Presidente do Instituto Português do Sangue (IPS): "A tendência actual é de igualdade de critérios para todas as orientações sexuais, há uma recapitulação em termos internacionais nesta matéria".
Mas ainda há muita gente que considera a política antiga não discriminatória... crentes ainda da ideia de que estatisticamente um homem que tem sexo com homens, tem maior probabilidade de ficar infectado com VIH, esquecendo-se que a transmissão do VIH, não depende da orientação sexual da pessoa seja ela qual for, mas sim de uma maior exposição a comportamentos sexuais de risco.
Para contradiar este preconceito, em termos estatísticos, podemos verificar que os últimos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis sobre a situação de Portugal na infecção por VIH/SIDA até 31 de Dezembro de 2005 confirmam que:
"Encontram-se notificados 28 370 casos de infecção VIH / SIDA nos diferentes estadios de infecção.
A análise, segundo os principais aspectos epidemiológicos, clínicos e virológicos é apresentada separadamente para cada estadio da infecção, por corresponder a situações distintas.
Como elemento comum a todos os estadios, verifica-se que o maior número de casos notificados (“casos acumulados”) corresponde a infecção em indivíduos referindo consumo de drogas por via endovenosa ou “toxicodependentes”, constituindo 46,1% (13 085 / 28 370) de todas as notificações.
O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo com 36,3% dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 11,7% dos casos; as restantes formas de transmissão correspondem a 5,9% do total.
Os casos notificados de infecção VIH /SIDA, que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual(heterossexual), apresentam uma tendência evolutiva crescente importante.
No segundo semestre de 2005, a categoria de transmissão “heterossexual” regista 52,7% dos casos notificados (PA, Sintomáticos não-SIDA e SIDA)."
Isto são dados notificados desde sempre. A infecção nos primeiros anos foi marcada por uma maioria de transmissões homossexuais, depois houve uma quebra acentuada destas situações que levou a estes resultados acumulados.
Infelizmente os dados mais recentes apresentam um cenário em que as transmissões por via homossexual voltaram a aumentar situando-se perto da média acumulada... ainda há muito trabalho a fazer nesta área.
Outros estudos apontam para entre 5 a 10% da população seja homossexual. O problema é que ser "homossexual" e ser "homem que teve sexo com homens" não são sinónimos... antes pelo contrário.
Os estudos efectuados nesta área apresentam percentagens muito mais elevadas de "homens que tiveram sexo com homens" do que "homossexuais"... os valores chegam a 70% do número de homens. E é aqui que a estatística estraga a política anterior do IPS.
Mas falemos de outras estatísticas do VIH/SIDA: 40% dos casos notificados são de pessoas entre os 25 e 34 anos. Pela lógica então estas pessoas deveriam também ser eficazmente proibidas de doar sangue, e no entanto isto não passou na cabecinha dos senhores do IPS.
Segundo o Presidente do Instituto Português do Sangue (IPS): "A tendência actual é de igualdade de critérios para todas as orientações sexuais, há uma recapitulação em termos internacionais nesta matéria".
Mas ainda há muita gente que considera a política antiga não discriminatória... crentes ainda da ideia de que estatisticamente um homem que tem sexo com homens, tem maior probabilidade de ficar infectado com VIH, esquecendo-se que a transmissão do VIH, não depende da orientação sexual da pessoa seja ela qual for, mas sim de uma maior exposição a comportamentos sexuais de risco.
Para contradiar este preconceito, em termos estatísticos, podemos verificar que os últimos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis sobre a situação de Portugal na infecção por VIH/SIDA até 31 de Dezembro de 2005 confirmam que:
"Encontram-se notificados 28 370 casos de infecção VIH / SIDA nos diferentes estadios de infecção.
A análise, segundo os principais aspectos epidemiológicos, clínicos e virológicos é apresentada separadamente para cada estadio da infecção, por corresponder a situações distintas.
Como elemento comum a todos os estadios, verifica-se que o maior número de casos notificados (“casos acumulados”) corresponde a infecção em indivíduos referindo consumo de drogas por via endovenosa ou “toxicodependentes”, constituindo 46,1% (13 085 / 28 370) de todas as notificações.
O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo com 36,3% dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 11,7% dos casos; as restantes formas de transmissão correspondem a 5,9% do total.
Os casos notificados de infecção VIH /SIDA, que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual(heterossexual), apresentam uma tendência evolutiva crescente importante.
No segundo semestre de 2005, a categoria de transmissão “heterossexual” regista 52,7% dos casos notificados (PA, Sintomáticos não-SIDA e SIDA)."
Isto são dados notificados desde sempre. A infecção nos primeiros anos foi marcada por uma maioria de transmissões homossexuais, depois houve uma quebra acentuada destas situações que levou a estes resultados acumulados.
Infelizmente os dados mais recentes apresentam um cenário em que as transmissões por via homossexual voltaram a aumentar situando-se perto da média acumulada... ainda há muito trabalho a fazer nesta área.
Outros estudos apontam para entre 5 a 10% da população seja homossexual. O problema é que ser "homossexual" e ser "homem que teve sexo com homens" não são sinónimos... antes pelo contrário.
Os estudos efectuados nesta área apresentam percentagens muito mais elevadas de "homens que tiveram sexo com homens" do que "homossexuais"... os valores chegam a 70% do número de homens. E é aqui que a estatística estraga a política anterior do IPS.
Mas falemos de outras estatísticas do VIH/SIDA: 40% dos casos notificados são de pessoas entre os 25 e 34 anos. Pela lógica então estas pessoas deveriam também ser eficazmente proibidas de doar sangue, e no entanto isto não passou na cabecinha dos senhores do IPS.