quinta-feira, abril 13

 

Entrelinhas do Dia do Beijo...

Fui surpreendido, quando soube que hoje comemora-se o “Dia do beijo”, ao ler o blog do Amaral!
Não sabia que o beijo também tinha direito a um dia de calendário... mas ainda bem, que existe um dia dedicado a esta forma de expressão e de comunicação dos nossos afectos, sentimentos e emoções.
Curiosamente fiz uma pesquisa na net sobre “O beijo”, onde encontrei muita informação interessante associada à "trajectória" histórica-antropológica, sócio-cultural e biológica do beijo...que resolvi partilhar aquilo que andei a consultar.

Em termos histórico-antropológicos, não se sabe bem ao certo como surgiu o primeiro beijo da humanidade.
As referências mais antigas sobre os beijos foram esculpidas por volta de 2.500 a.C. nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia.
Para os povos primitivos, o ar quente expelido pela boca era entendido como a incorporação da alma. Assim, o beijo entre duas pessoas representava a forma de fundir duas almas. Também existe teorias que dizem que os povos primitivos para beberem sal, lambia o suor uns dos outros...(e depois experimentaram lamber a boca uns dos outros, e o beijo apareceu...eheheh)
Na Idade Média, o Beijo era visto como uma forma de selar acordos... (sem a descoberta da pasta dentifrica na altura, com o mau hálito que deveriam ter....deveriam ser poucos os acordos...só para os corajosos...eheheh)
Charles Darwin dizia que segundo a teoria da evolução das espécies a origem desta carícia é mais antiga, uma vez que o Beijo se trata de uma sofisticação das mordidelas que os macacos davam nos seus ritos pré-sexuais...(pois a minha cadela, parece que ainda não sofisticou as mordidelas por lambidelas...eheheh)
Segundo alguns investigadores, o beijo evoluiu do acto de cheirar o rosto de alguém, para o suave toque entre os lábios, sinal silencioso utilizado para sentir a identidade do outro.
Sabe-se que os romanos tinham 3 tipos de beijos: o “basium”, trocado entre conhecidos; o “osculum”, dado apenas em amigos íntimos; e o “suavium”, que era o beijo dos amantes.
Os imperadores romanos permitiam que os nobres mais influentes beijassem os seus lábios, enquanto os menos importantes tinham de beijar suas mãos. Os súditos podiam beijar apenas os seus pés (tadinhos dos súbitos...deviam era snifar o chulé deles...ehehe).

Podemos considerar que expressão “natural” do beijo sempre foi condicionada pelas influências sócio-culturais, onde existem culturas que favorecem a expressão do beijo e outras que o inibem...O beijo é encarado de formas distintas nas diferentes culturas. Actualmente ou em tempos mais remotos, entre homens, amigos ou casais, o modo de beijar e o significado do íntimo toque de lábios varia de acordo com as mentalidades e os significados históricos.
Entre homens
Rússia: por aqui é perfeitamente normal que dois homens se beijem na boca. Antigamente poupava-se nas medalhas quando havia necessidade de distinguir alguém. Um beijo do czar era entendido como uma forma clara de reconhecimento oficial. (Devem seguir ainda o exemplo do exército espartano!)
Argentina e Itália: é vulgar a saudação entre homens com troca de beijinhos no rosto.

Entre amigos
Japão: os amigos japoneses demonstram empatia e amizade mútua através de palavras ou gestos. Os beijos não são uma atitude comum ou considerada normal.
França: Já que Paris é a capital romântica por excelência, em França os beijos são a quatriplicar: quatro beijos em cada bochecha, dados alternadamente.
EUA: também os americanos não apreciam o gesto de cumprimentar um amigo com um beijo. Mas na relação entre pai e filho esta manifestação é indispensável.

Entre casais
Escócia: antigamente,após a celebração de uma cerimónia de casamento, em vez do tradicional beijo do noivo na noiva, era o padre quem selava o compromisso e beijava a nubente nos lábios. Embora pareça anedota, acreditava-se, plenamente, que a felicidade do futuro casal, dependia dessa benção. Mas o ritual não ficava por aqui. Como forma de garantir a felicidade eterna do laço matrimonial, ainda durante a boda, a noiva tinha de beijar a boca de todos os convidados homens, que em forma de agradecimento lhe davam dinheiro. Os noivos da época tinham o espírito muito aberto... (Pena o Papa "Bentinho" não ter nascido na Escócia...ehehehe...transferia o Vaticano para lá...ehehehe)
Itália: no século XV, se um homem beijasse uma mulher em público não havia recuo: tinha que casar com ela...(hummm, era uma vantagem ser mulher feia nesta altura...ehehe!)
Japão: já os japoneses não se atrevem a beijar em público, pois o gesto é considerado obsceno. Uma das explicações pode residir no facto de que a tradução do termo "beijo" em japonês significa "chupar a língua". Até os casais com a sua relação mais que assumida têm que ser discretos...(hummm, afinal o Papa "Bentinho" deve ter a sua origem no Japão...ehehehe)
África: algumas tribos africanas consideram natural tomar banho juntas nuas. O que já não é normal é que o beijo seja dado em público, pois é considerado promíscuo e indecente.
Polinésia: os polínésios substituem o beijo na boca pela troca de carinhos através dos narizes, o mesmo acontece com os esquimós...

Apesar de todas estas multiculturalidades do simbolismo do beijo, no contexto de casal, o Beijo também pode ser usado como um indicador do estado de uma relação.
É equiparável a um “termómetro” ou “barometro”, pois possui a capacidade de medir o grau de afecto e de emoção num casal. Trata-se da primeira manifestação de afecto que fica de lado, quando uma relação entra em decadência, enquanto o sexo ainda consegue resistir durante mais algum tempo. A demonstração de carinho através de beijos no rosto demonstra o quanto duas pessoas se amam e querem. Quando esses sinais diminuem de intensidade significa que a relação está a deteorar-se e precisa de ser (re)avaliada. Isto é mais comum quando um casal, após alguns anos de casamento, perde o encanto mútuo.

Quando nos debruçamos sobre a biologia do beijo, existe uma explicação científica para a quimica do beijo, baseada na influência dos neurotransmissores, provocando um estado de leveza física e emocional. Quando duas pessoas se beijam, a hipófise, o tálamo e o hipotálamo trabalham juntos na libertação dessas substâncias. Ocorre assim a "química do beijo", que exige um preparo, um tempero entre o casal, sem os quais os neurotransmissores cerebrais não funcionam. Quando alguém se sente apaixonado, o seu organismo liberta várias substâncias, entre elas a feniletilamina.
Uma simples troca de olhar, um aperto de mão ou beijo apaixonado podem desencadear a produção de feniletilamina, que é responsável, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.
A dopamina também é um importante neurotransmissor que tem uma forte relação com a expressão das emoções e afectos. A euforia, a insónia, a perda de apetite, o pensamento obsessivo de quem ama, estão directamente relacionados com os níveis de dopamina.
A dopamina também, de alguma forma, está relacionada com as endorfinas, que são morfinas naturais fabricadas pelo cérebro. Elas são as “drogas” do prazer, seja ele o prazer sexual, emocional ou afectivo.
O beijo também está relacionado com os nossos sentidos. Durante o beijo visualizamos a pessoa de quem se gosta mais de perto, sentimos o seu cheiro, sentimos o seu gosto e tocamos uma das partes mais sensíveis no nosso corpo, os lábios.
Durante um beijo são mobilizados 29 músculos, sendo 17 musculos da língua.
Os batimentos cardíacos podem aumentam de 70 para 150, melhorando a oxigenação do sangue, o que mostra que o beijo tem também benefícios para o coração. Também no beijo há uma considerável troca de substâncias, 9 miligramas de água, 0,7 decigramas de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais, sem falar em outras 18 substâncias orgânicas, cerca de 250 bactérias, e uma grande quantidade de vírus (hummm...com tantos "nutrientes" até não era mal pensado fazer uma "sopa de saliva"...eheheh...se calhar até existem países que fazem!!!) Bem, o melhor é nunca virem uma lingua ao microscópio...eheheh Além disso, o beijo gasta calorias. Acredita-se que um beijo intenso e demorado pode consumir cerca de 12 calorias... (hummm...pensando bem, em vez de gastar dinheiro em ginásios, mais vale investir nos beijos!!)

O artigo já está extenso, mas para os curiosos de astrologia, consultem o Beijo nos Signos
Beijos taurinos :-) Posted by Picasa

Comments:
Não te vi nos comentários, mas vim ver o que se passava aqui...
Foste muito mais além daquilo que eu fiz, e toda a história do beijo, tudo aquilo que acompanha a sua evolução, está aqui muito bem explanada e descrita.
O beijo é, realmente, uma força gigante da natureza, que, nos mais diversos níveis, transforma costumes e hábitos, cruza gerações, cria emoções e conflitos, e tem a característica de não obter o consenso dos povos...
 
O beijo é maravilhoso, envolvente, e um prolongamento de um ser para o outro. Conheço bem os beijos taurinos, e retribuo com beijos arianos.
 
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